A gurizada do Boquinha visitou o Pampa Safari no começo de agosto. Os ingressos foram franqueados pela direção do parque e o transporte patrocinado pela Secretaria Municipal de Educação de Gravataí. O passeio gerou o seguinte texto coletivo:
Os animais pensam mais
do que muitos humanos
A Natureza poderia ser calma. No Pampa Safári, por exemplo, vários animais vivem na paz e sem jaulas. Dá a impressão que os animais pensam como a gente. Até parece que pensam mais do que alguns seres humanos. As pessoas também poderiam viver assim e o mundo poderia ficar melhor, em paz. Dá para aprender com eles. Uma pessoa que briga, por exemplo vê que eles não brigam e diz: Bah, mas eles não brigam e eu que sou humano brigo. Também deveriam se dar conta que não se deve prender e maltratar os animais porque, se eles estão em liberdade, vivem felizes. Assim como nós. Quem é que gosta de viver atrás das grades?
É claro que não dá para colocar um leão junto porque ele é carnívoro, mas vários outros podem conviver sem brigar, como o hipopótamo, a capivara, o rinoceronte, o camelo, o coelho, o gambá, cavalos e até um tipo dum cisne rosa, a coisa mais linda. Eles consideram que aquilo lá é o lar deles. É emocionante.
Em compensação tem muitas pessoas que não respeitam as regras. Quando o Boquinha foi ao Pampa Safari, o carro que a gurizada estava foi um dos únicos que ficou com as janelas fechadas, como era para ficar. O os bichos são mansos mas mesmo assim podem machucar as pessoas. Os avestruz, por exemplo, gosta de coisas brilhantes e podem bicar os olhos das crianças. Aí tem que sair da diversão para ir para o hospital. As pessoas arriscam a vida dos filhos. Podiam aprender com os bichos cuidar dos filhotes.