Alice contra a barbárie política
Os dois últimos Saraus Alice marcaram posição contra a barbárie política que ameaça o Brasil no período das eleições. No último, realizado em 17 de outubro, foi lançado um manifesto intitulado “Política não se discute, mas se dialoga e se debate” ilustrado pelo cartunista Moa. Os participantes também ganharam o catálogo “Direito à Memória e à Verdade” e o livro “Meninas e meninos marcados pela Ditadura”.
Na simbólica data de 11 de setembro – quase sempre relacionada à queda das Torres Gêmeas, mas também dia do fuzilamento do presidente do Chile, Salvador Allende (1973) – o cartunista Edgar Vasques foi homenageado no Sarau Alice por meio do livro de humor ácido “Crocodilagem – o Brasil Visto de Baixo” (L&PM Editores)”, em que o artista ressuscita seu personagem mais famoso: o miserável Rango.
Vasques também foi o ilustrador da obra “Ricos podres de ricos” (Tomo Editorial) de Antonio Catani, que ganhou destaque no Sarau do dia 17 de outubro, quando trechos desta publicação foram recitados pela atriz Déborah Finocchiaro. Os Saraus ofereceram, ainda, as performances da poeta Fátima Farias, da contadora de histórias Carmem e dos músicos Cristiano Hanssen, Nivaldo José e Vinicius Correa – além do pandeirista Clebes Pinheiro.
Na ocasião, também foram montados bazares de arte e artesanato com os cartunistas como Santiago, Moa, Edgar Vasques e Rafael Correa; dos artistas visuais Augusto Abreu, Ernani Chaves, Amaro Abreu; dos fotógrafos Otávio Teixeira, Marco Nedeff, Eneida Serrano e Luiz Abreu; da joalheira Elisa Tesseler; das artesãs Mariza Rigo, Lúcia Achutti e Rosina Duarte; do joalheiro Antonio Perra, dos escritores Rafael Guimarãens, José Antônio Silva, Dois Santos dos Santos, bem como as obras da Editora Libretos.
A comunidade dos arteiros participou, ainda, da FeirArteira realizada no Sindicato dos Bancários (General Câmara 424) nos dias 26, 27 e 28 de setembro.