Uma bandeira de aço com o nome de 58 mortos e desaparecidos políticos surgiu do interior de uma armadura rompida na esquina das avenidas Afonso Pena com Professor Moraes, em frente ao antigo DOPS, na capital mineira de Belo Horizonte. O monumento foi inaugurado no último dia 25 de maio com a presença do Secretário Nacional de Justiça e Presidente da Comissão de Anista, Paulo Abrão e autoridades locais. Criação da artista plástica Cristina Pozzobon, a obra tem projeto técnico do arquiteto Tiago Balem e é a primeira de uma série de 10 memoriais com instalações previstas até o final do ano pelo projeto Trilhas da Anistia, fruto de uma parceria entre a Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação (Alice) com a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
O projeto pretende demarcar o território percorrido pelas Caravanas da Anistia e recuperar a história das pessoas e dos movimentos envolvidos na luta pela Anistia no País. O objetivo é informar a população sobre as violações de direitos ocorridas durante a Ditadura Militar, contribuindo para a formação da consciência crítica dos brasileiros, em especial a dos jovens que não viveram este momento da vida nacional.
Com 14 anos de existência e sediada em Porto Alegre, a Alice trabalha com a proposta de resgatar memória, a verdade e a justiça desde 2009, estabelecendo convênios também com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Desde então, já foram instalados 28 memoriais em 15 cidades brasileiras, além de desenvolvidas três exposição fotográficas itinerantes, vistas por mais de 3 milhões de pessoas.
Maiores informações:
Cristina Pozzobon – (51) 8210-2460 ou (51) 3266-8002, e-mail cristapozzobon@gmail.com
Na foto: Cristina, Tiago e Paulo Abrão