Nos anos 60, os operários da Usiminas de Ipatinga (Minas Gerais) trabalhavam em condições sub-humanas. A comida das marmitas eram reviradas com o pretexto de prevenir furtos e os operários sofriam até castigos físicos, além de humilhações constantes. Isso sem falar nos baixos salários. Durante uma greve por melhores condições e remunerações, realizada em 1963, a violenta repressão policial resultou em um massacre. Nove pessoas morreram assassinadas e os militares golpistas de 64 jamais investigaram o caso.
Em homenagem a elas, foi inaugurado um memorial no último dia 18 de outubro, às 14h30, na praça da Bíblia, no novo acesso dos trabalhadores da empresa. Este é o terceiro monumento da proposta Marcas da Memória, vinculada à Comissão de Anistia, por meio do projeto Trilhas da Anistia desenvolvido pela ALICE. Durante a inauguração, estiveram presentes representantes da Comissão da Anistia/ Ministério da Justiça, autoridades locais e familiares dos operários da Usiminas.
Todos os que morreram no massacre foram anistiados nos processos julgados pela Comissão de Anistia.