No dia 28 de março foi inaugurada, na Praça Ana Amélia, no centro do Rio de Janeiro, uma escultura homenageando o estudante Edson Luiz, assassinado no mesmo dia, no anod de 1968, no restaurante Calabouço. Estiveram presentes na inauguração, a mãe do estudante, Maria de Belém, o ministro Paulo de Tarso Vannuchi, representantes da UNE, da UBES e da prefeitura do Rio.
A escultura foi projetada pela artista plástica Cristina Pozzobon e faz parte do projeto Direito à Verdade e à Memória da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, que tem como objetivo a recuperação da memória sobre os mortos e desaparecidos durante o período da Ditadura Militar. O tiro de largada deste processo foi a publicação do livro homônimo no final do ano passado e a realização de exposições fotográficas sobre o tema em sete capitais brasileiras – Porto Alegre, Florianópolis, Recife, Fortaleza, Belém, Belo Horizonte e Goiânia – inauguradas a partir de dezembro de 2007.
O projeto teve a participação da Alice e de sua parceira, a Fundação Luterana de Diaconia, e continua em 2008, trazendo a público uma passagem histórica fundamental para a consciência crítica do povo brasileiro. Deliberadamente suprimida ou reinterpretada pela história oficial, as chagas da Ditadura Militar são ilustres desconhecidas para a maioria da população, em especial os jovens.