É bom ser mãe. Às vezes as pessoas que têm casa e dinheiro não entendem porque as mulheres pobres, sem casa ou sem dinheiro ainda “botam filho no mundo”. É assim que falam dos nossos filhos. Ninguém diz a mesma coisa quando nasce o filho de uma advogada ou de uma médica. Mas a verdade é que tanto elas quanto nós gostamos de ter um bebezinho no colo e ver ele crescer e se criar e ser melhor do que nós. Olhar a carinha deles é tão bom.
Este trecho pertence à crônica Um filho do livro Mãe Coruja, escrito pelas mães das crianças e adolescentes participantes da editoria infanto-juvenil Boquinha, do Jornal Boca de Rua e lançado no dia13 de novembro, durante a Feira do Livro. Com montagem artesanal feita por suas próprias autoras, a obra virou um objeto de arte, decorado com trabalhos da gurizada. A técnica reproduz a metodologia do projeto carioca Dulcinéia Catadora e foi ensinada por Cristiane Cubas, que é também uma das idealizadoras da Mostra Artística Cabaré do Verbo, espaço onde a publicação foi lançada.
Na ocasião, foram feitas leituras dos textos do Mãe Coruja por Cristiane e Diego Petrarca e entrevistadas duas autoras: Fernanda Zagai Rosa da Silva e Sabrina dos Passos Barbosa. A conversa promovida pelo Cabaré do Verbo no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, reuniu, ainda, Rosângela Peixoto Ramos, integrante da equipe adulta do jornal Boca de Rua, e Marcelo Andrighetti, diretor do filme Boca de Rua-Vozes de uma Gente Invisível, que apresentou o trailler da produção. Os livros podem ser adquiridos na Alice ou com as próprias autoras ao preço de R$ 30,00.