A primeira artista homenageada da “Coleção Arteiros Pintando o Sete” é a jornalista e desenhista Vera Rotta. Com cores vibrantes ou simplesmente em tom pastel, ela recria pássaros, balões, pandorgas, jardins, personagens que habitam seu universo lúdico. Munida de lápis de cor, aquarela ou nankin, trabalha em papel para recuperar imagens de sua trajetória com o desenho desde os tempos de menina. Além dos trabalhos da Vera, também serão comercializadas outras obras de artes, fotos, livros e CDs no Bazar dos Arteiros. Neste sarau de maio, o público ainda poderá reencontrar-se com a música do Batuque de Cordas – formado pelos violonistas Vinícius Correa e Claudio Veiga -, e de Cristiano Hanssen e Nivaldo José.
Agora, já somam sete anos que o desenho voltou para as mãos de Vera Rotta. Às vezes, de forma poética, em outras revelando uma singular exuberância, que ainda surpreende a própria autora. Sete de suas obras estarão em destaque no Sarau. No site www.verarotta.com, Vera afirma que seu desenho é uma incógnita. Mesmo assim, diz que pode chamá-lo de qualquer coisa, como a vida. “Ele me acompanha há décadas, mas agora está forte e resoluto, quase com vida própria, mas ainda precisa de mim”. E compara sua trajetória a dele, afirmando que precisou crescer, amadurecer e amalgamar dentro de sua alma ambulante as cores e os p&b que insistem em sair e buscar o mundo, como ela mesmo fez há alguns anos. Neste espaço virtual, o público poderá conhecer diferentes momentos de sua produção.
Como jornalista, Vera Rotta dedicou-se especialmente à área de direitos humanos e da cultura. Foi organizadora e editora de diferentes publicações, entre elas, do livro Cultura nas Mãos, sobre os microprojetos Mais Cultura para o semiárido do Ministério da Cultura. Trabalhou em jornais, rádios e revistas, realizou documentários e coordenou a área de Comunicação da Comissão de Anistia do Ministério, entre outras atividades junto ao Governo Federal.
O valor dos ingressos – R$ 12,00, com meia entrada para estudantes e passe livre para menores de 18 ou maiores de 70 – é revertido para projetos sociais desenvolvidos pela ALICE, organização não governamental sem fins lucrativos que desenvolve projetos autogeridos de comunicação, formando leitores críticos e contribuindo para democratizar a informação no Brasil. Entre os trabalhos realizados, destacam-se o jornal Boca de Rua – feito e vendido por moradores de rua de Porto Alegre há 14 anos – e Direito à Memória e à Verdade, que resgata fatos históricos do período da Ditadura Militar.
Este projeto está sendo realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (Pró Cultura RS FAC), Lei 13.490/10.
O QUE: Sarau da Alice – “O melhor antídoto contra o banzo de domingo”
ONDE: Bar do Marinho (Rua Sarmento Leite, 962 – Cidade Baixa) Fone: (51) 9964.9220
QUANDO: 31 de maio (domingo), 19h30min