Alice no país dos invisíveis

Entrevista com Margareth Rossal – por Emiliana Carvalho – emiliana.carvalho@yahoo.com.br

Fonte: Escrítica – 05 de julho de 2014

 

boca

A história todo o mundo já conhece: uma menina chamada Alice cai numa toca de coelho que a transporta para um lugar fantástico povoado por criaturas estranhas e fabulosas. O ambiente onírico e absurdo vai incitando a personagem a refletir e questionar tudo o que vê, enquanto vivencia uma grande aventura. Esta é a Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, mencionada no início desta entrevista por Maria Margareth Lins Rossal, que veio ao Escrítica para contar as histórias de outra Alice.

Margareth Rossal é uma das coordenadoras da ONG Alice (Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação), uma organização não-governamental sem fim lucrativo que desenvolve projetos alternativos e autogeridos de comunicação que discutem comportamento, ética e tendências da imprensa e procuram formar leitores críticos, contribuindo para a democratização e qualificação da informação no Brasil*.

Seguindo umas de suas linhas, há pouco mais de uma década, a ONG vem atuando em um dos projetos mais transformadores já visto no Brasil: o jornal Boca de Rua, produzido exclusivamente pelos moradores de rua de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Supervisionado pela jornalista Rosina Duarte, com a colaboração de outros profissionais, o Boca de Rua tem mostrado com competência o que a mídia tradicional opta por silenciar: a versão dos “invisíveis”.

*A ONG: www.alice.org.br

 

Escrítica – “Quem” é Alice?

Margareth – A ALICE são tantas e ao mesmo tempo uma só.

A Alice do país das maravilhas foi a personagem escolhida porque  definia a ousadia de um grupo classificado como insensato ou quase insano  que pretendia e ainda pretende através da comunicação, desvendar um país invisibilizado, nem tão maravilhoso como o da Alice, mas nem por isso,  de tranformação impossível.

Já a metáfora dos espelhos de Alice é perfeita para dar o significado do que é esta  passagem para se desvendar outros mundos possíveis ou outros mundos inimagináveis, num jogo de reflexos de nós mesmos. Mas ainda dá prá  citar, os jogos de Alice que dão o significado para as vidas e as histórias desvendadas, como um jogo entre os sonhos e a realidade .

Por fim a ONG Alice é a Agencia Livre para Informação, Cidadania e Educação, constituída informalmente em 1998, e registrada em janeiro de 2007. O objetivo formal da Alice é gerar projetos comunitários com autogestão envolvendo cidadãos que não correspondem ao perfil exigido pelo atual mercado de trabalho brasileiro, tendo a comunicação como ferramenta fundamental para gerar alternativas de renda, desenvolver a autoestima, estimular o pensamento crítico e a busca de direitos, além de dar visibilidade à produção de conhecimento desses grupos.

 

Escrítica – O jornal Boca de Rua, projeto pioneiro da Alice, produzido por pessoas em situação de rua e risco social de Porto Alegre, já faz 14 anos. São raríssimas as iniciativas envolvendo a Comunicação Social na promoção de uma transformação real, direta, na vida das pessoas, posicionando-as como agentes da própria transformação. Em que momento vocês sentiram que esse era um caminho possível?

Margareth – A frase com que sempre definimos o projeto Boca de Rua  é “Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez.” (Jean Cocteau).

O projeto foi lançado em 2000 na efervescência do primeiro Fórum Social Mundial em Porto Alegre. Mas era  idéia antiga de duas jornalistas que trabalhavam nos meios de comunicação formais. Quando o jornal foi apresentado oficialmente à comunidade em 2000, vários colegas de profissão vaticinaram que era um projeto que nascia no Fórum como um modismo e que não iria se estabelecer. Hoje 2014, o Jornal Boca de Rua completa 14 anos. A partir das primeiras reuniões em 1999, realizadas em uma praça pública com um grupo de moradores de rua que lá viviam, já se sabia que aquilo era uma pequena revolução. Mesmo com os protagonistas não acreditando, nem que lá estaríamos na próxima reunião, muito menos em um projeto de jornal, e com todo o ceticismo da categoria, a Alice tinha uma certeza, que era esta a comunicação que se queria trabalhar. Com uma população sem voz nos meios de comunicação vigentes, e que eles fossem  os protagonistas e os agentes de  transformação, e mais ninguém.

 

Escrítica – Existem muitas formas de mostrar o que ninguém vê, mas, não há interesse da mídia tradicional de descobrir histórias encobertas por um manto de invisibilidade, fato que se cria uma ilusão de que tudo o que a mídia nos mostra é tudo o que existe. Nesses 14 anos de Boca de Rua o que veio à tona? E, diante disso, quais são as fragilidades do Jornalismo que o mundo conhece?

Margareth – O jogo dos espelhos de Alice é a metáfora que dá a dimensão da invisibilidade de outros mundos, cuja mídia tradicional não tem interesse. O que é diferente, estranho, e sem compreensão, a partir de valores já catalogados é imediatamente invisibilizado, eliminado. Dar visibilidade a esta população é superar um colonialismo interno da sociedade que pode ser classificada nas Epistemologias do Sul, definida por Boaventura de Sousa Santos. O sul-sul estratificado  da sociedade atual, em que as formas de dominação se superam ao determinar a eliminação de saberes e da própria existência das populações colonizadas. Para mim esta é a fragilidade ou mesmo crueldade do jornalismo atual.

Nestes 14 anos de Boca de Rua, o que veio à tona? Veio à tona um mundo invisível para a sociedade, mas gradualmente e principalmente veio à tona uma auto estima que havia sido esmagada por esta invisibilidade, definindo uma identidade a um grupo que nem no censo era considerada, porque não tinha endereço. Morador de rua era sua identidade. Hoje eles se apresentam como integrantes ou participantes do Boca de Rua. E podemos afirmar que o Boca de Rua hoje é a identidade da população de rua de Porto Alegre.

 

Escrítica – No mini-documentário “Boca de Rua – Vozes de uma gente invisível”, integrantes do jornal disseram: “não se deve omitir nada”; “É por isso que o lema é um só: enquanto você dormia muita coisa acontecia”. Qual é o teor das matérias? O que os integrantes sempre fazem questão de mostrar?

Margareth – Quando o jornal Boca de Rua completou seu 12º aniversário, os integrantes do jornal decidiram comemorar o projeto – iniciado em agosto de 1999 na praça do Cachorrinho, em frente ao Colégio Rosário e apresentado ao público no FSM em 2000 – de uma forma diferente: fazendo uma autocrítica. Para isso, organizaram uma pesquisa de opinião. O formulário foi elaborado pelos próprios integrantes do grupo, assim como a maior parte (80%) das entrevistas. O reflexo do trabalho no espelho da população foi bonito:

  • dos 115 entrevistados, 79 (68,7%) consideraram o jornal muito bom e 36 (31,3%) bom;
  • nenhum marcou a opção ruim ou péssimo;
  • a maioria – 95 (82,6%) revelou que lê porque gosta do conteúdo (notícias e boquinha) e não apenas para ajudar;
  • e 74 (64,4%) nunca tiveram problemas com os vendedores.

 

Escrítica – Qual é a logística do jornal desde a sua produção até a distribuição?

Margareth – O Projeto Boca de Rua é uma publicação realizada e vendida por pessoas em situação de rua, na cidade de Porto Alegre. Existe desde o ano 2000. Textos, fotos e ilustrações são elaborados por uma equipe composta pela  população em situação de exclusão, coordenado por jornalista da ALICE, em  oficinas semanais. O dinheiro arrecadado na comercialização do veículo reverte integralmente para os 30 participantes do grupo, constituindo uma fonte alternativa de renda. A logística é coordenada pela Alice. O jornal é elaborado em uma reunião semanal com os adultos, uma reunião semanal com as crianças, e uma reunião mensal com as mães ou responsáveis pelas crianças. Todo o trabalho de coordenação e de edição é realizado pela Alice, e a impressão é realizada atualmente pelo  parceiro Federação  dos Metalúrgicos CUT/RS. A impressão é trimestral e atualmente com uma tiragem de 10 mil cópias. Em cada reunião semanal realizada, 30 jornais são entregues  para cada componente adulto. A venda é revertida integralmente para o componente. As mães e responsáveis pelas crianças também recebem jornais pela realização da coluna Mãe Coruja, e um valor mensal para as crianças pelo Boquinha.

O Boca de Rua é membro da Rede Internacional de Publicações de Rua (International Network of Street Papers – INSP), entidade com sede na Escócia, que reúne 122 jornais e revistas vendidos por populações em situação de risco de 40 países. Dentro da INSP, prima pela originalidade, pois é o único, desta rede, produzido pelos próprios vendedores.

 

Escrítica – Quais foram as transformações mais evidentes na vida dos integrantes do Boca?

Margareth – A transformação maior foi a valorização desta população em relação ao seu grupo e em relação a sociedade em si. Em termos de estatísticas do Jornal Boca de Rua, dos 149 integrantes que tiveram assiduidade superior a seis meses no Jornal Boca de Rua, 72 deixaram as ruas, vivem em casas, albergues ou hotéis e têm uma fonte de renda regular (operários, ambulantes, faxineiras, garis, funcionários de estabelecimentos comerciais).

Em relação às crianças e adolescentes atendidas pelo projeto Boquinha, todas no início do projeto moravam literalmente nas ruas e atualmente, todas moram com a família e estudam na rede escolar.

Mas além do jornal, o grupo já produziu quatro microdocumentários, um livro e duas exposições fotográficas. Ao longo dos 14 anos de existência foi objeto de mais de 50 trabalhos acadêmicos e já obteve vários prêmios, entre eles Prêmio Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, concedido pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, Unesco no Brasil e Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho (2002), Prêmio Pontos de Mídias Livres, concedido pelo Ministério da Cultura (2006) e Prêmio International Netwok Street Papers, conferido pelo próprio INSP.

 

Escrítica – E a repercussão junto ao público-leitor? Tem havido mudanças no olhar das pessoas que passam a ver a vida dos, até então, “invisíveis”?

Margareth – As publicações produzidas sob a orientação da ALICE proporcionam aos seus leitores conhecerem e refletirem sobre uma realidade que não aparece na grande mídia. Mas além de apenas uma leitura de jornal, a elaboração, as entrevistas, fotografias, pesquisa e também a venda realizada por seus componentes nas ruas de Porto Alegre, provoca um  contato direto com uma população que antes se sentia pena, se negava contato, rejeitava e também temia. A mudança do olhar das pessoas, coloca todos no mesmo nível, e principalmente, humanos e visiveis.

E reafirmando a repercussão junto ao público leitor, os seguintes prêmios marcaram os mais de 14 anos percorridos pela Alice:

  • Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, concedido pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, Unesco no Brasil e Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho (2002)
  • Pontos de Mídias Livres, concedido pelo Ministério da Cultura (2006).
  • INSP – International Network Street Papers (2006, 2007, 2008)
  • Culturas Populares mestre Duda, concedido pelo Ministério da Cultura (2007)
  • Inclusão da Pessoa Idosa Inezita Barrozo, concedido pelo Ministério da Cultura (2010)
  • Prêmio Boas Práticas em Direitos Humanos, concedido pela Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul- Ajuris (2013)

 

Escrítica – Também há uma versão infantil, o Boquinha de Rua, que traz, inclusive, na nova edição, uma entrevista com o fotógrafo Sebastião Salgado, não é isso?

Margareth – Um grupo de 15 crianças e adolescentes em situação de risco social, alguns ligados aos integrantes do Jornal participa de oficinas lúdicas e educativas (brincadeiras, texto, teatro, , artesanato, malabarismo, artes plásticas e música, entre outras) e realizam passeios em espaços culturais e de lazer (parque, museus, cinema, teatro, etc.). O resultado destas atividades gera um encarte infanto-juvenil junto ao Jornal Boca de Rua, o Boquinha. Os pais e /ou responsáveis pela meninada recebem uma ajuda de custo semanal. O projeto conta com a colaboração de uma equipe multidisciplinar formada por jornalistas, educadores, psicólogos e profissionais de informática.

Nesta última edição, o Boquinha entrevista o fotógrafo Sebastião Salgado, após visitar sua exposição realizada em Porto Alegre. Todos os textos do Boquinha são trancrições de suas falas e as ilustrações são realizadas pelas crianças nas oficinas semanais. As falas que geraram esta entrevista, foram  a partir dos seguintes comentários:

“Suas fotos são muito bonitas, bacanas e lindas. Elas  parecem uma coisa e são outra. A areia parece água, o rio parece estrada, o gelo parece areia, a lava parece rio. Não sabemos como o senhor faz isso. E também como chega bem pertinho dos animais ferozes sem que eles ataquem o senhor. A gente ficou pensando como serão todos aqueles lugares no futuro. Talvez não sejam tão bonitos. Talvez construam casas nas montanhas, porque tem muita gente sem casa. Talvez essas casas tenham grades nas janelas, como acontece na cidade, porque onde tem muita gente, quase sempre tem ladrão. Talvez coloquem os animais no zoológico, o que vai ser uma pena. E também pode ser que cortem aquelas árvores todas. Uma coisa boa que imaginamos são pessoas de todas as cores – não só brancas, negras ou índias – no futuro. Quem sabe alaranjadas, amarelas, verdes e azuis. Assim não vai haver mais racismo. E também ficamos pensando: no futuro poderão existir homens lagartos? Porque aquela mão é muito parecida com a nossa. Pintando as unhas dele, então, ficou igualzinha. E por isso, porque tudo muda, a gente acha que foi super importante o senhor ter fotografado tudo aquilo. Para  que a gente nunca esqueça como era.”

 
 
Escrítica – Além deste projeto o que mais a ONG Alice desenvolve?

Margareth – As realizações da ALICE são efetivadas através de linhas de atuação  onde os projetos são agrupado por afinidade. Suas linhas de atuação são as listada abaixo, mas informações podem também ser encontradas em seu site https://alice.org.br/:

Linha 1  – Novos Canais de Comunicação : Estimula a criação de veículos alternativos entre populações sem representação na mídia, em especial as de baixa renda. Além de proporcionar um canal que garante a visibilidade de tais grupos, utiliza a comunicação como um meio de incentivar a autoestima e instigar o debate sobre direitos, formas de organização e alternativas de renda. As publicações produzidas sob a orientação da ALICE também proporcionam aos seus leitores o conhecimento e a reflexão sobre uma realidade que não aparece na grande mídia. Abaixo os principais projetos da Linha de Canais de Comunicação. Nesta linha estão: o Jornal Boca de Rua; o encarte infanto-juvenil Boquinha; o projeto Almanaque  jornal feito por mulheres com mais de 60 anos da cidade gaúcha de Bagé e que resultou também no livro Contos Sem Fadas – Retalhos de Memóri; o Folhetim Mariposa – Uma puta história escrito por cinco profissionais do sexo de Porto Alegre e publicado na Revista Norte, cultura no sul do mundo; o projeto de cartas escritas pelas Presidiárias da Casa Albergue Feminina endereçadas ao leitor fora do presídio e batizado por elas Pombo Correio; o jornal “Nós na Fita”, feito por jovens moradores de uma comunidade de periferia – o Morro da Cruz – circulou entre 2005 e 2006;  Projeto Coruja em 2002 junto com a Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre na elaboração de um jornal com 15 jovens de 12 escolas municipais; Projeto Uma Cidadela chamada Spaan, que resgata os últimos vestígios da cultura de uma cidadela encravada no município de Porto Alegre,ilhada pelo preconceito que a rotula como um depósito de velhos pobres, desmemoriados e esquecidos pelas famílias, a Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio aos Necessitados é uma microcidade.

Linha 2 – Educação para a Mídia, são Oficinas de Comunicação desenvolvidas pela Alice com objetivo despertar os consumidores e produtores das notícias para a importância e o efeito da comunicação sobre a sociedade.  Os principais projetos que compõem esta linha são: As oficinas Des(dez)mandamentos da Mídia destinadas a educadores, estudantes do ensino regular e trabalhadores do chamado Terceiro Setor;  oficinas SOS Comunicação que apresentam um conjunto de estratégias de comunicação, reflexões e práticas capazes de facilitar a divulgação do trabalho destas entidades; Metodologia de trabalho Boca no Mundo dirigido a grupos para produção de veículos de comunicação criada pela ALICE; Alice no poder da Palavra em que o foco é o poder da palavra, a beleza da palavra, o preconceito contra a língua inculta, o poder/necessidade/direito à comunicação, além de exercícios de destrava-palavra; Oficinas de Vídeo realizadas entre 2008 e 2009 para produção de vídeos documentais com o objetivo de oferecer a comunidade do Boca de Rua mais um canal de expressão através da linguagem cinematográfica; Agência Alice , que funcionou em 2004 com o objetivo de prestar assessoria de comunicação a entidades e instituições com caráter social; Oficinas de Rap, que surgiram  a partir do Rap do Mercedes, criado por um dos integrantes do Jornal Boca de Rua, tendo o jornal como tema.

Linha 3 – Direito à Memória, Anistia, Democracia e Direitos Humanos,  que desenvolve projetos destinados a recuperar fatos e episódios históricos desconhecidos para a maioria dos brasileiros, especialmente os jovens. Por meio de exposições fotográficas, publicações, debates, instalação de memoriais e outras ações, trás à tona esta memória banida do cotidiano, mostrando seus reflexos na sociedade atual. Projetos desta linha: O Projeto Direito à Memória e à Verdade desenvolvido pela ALICE que fez parte do projeto maior e homônimo desenvolvido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República de 2006 , com o objetivo de reflexão e debate sobre a ditadura militar; Projeto Para que não se esqueça, para que nunca mais acinteça foi uma exposição itinerante de textos e fotos sobre os 30 anos da Anistia que acompanham as Caravanas da Anistia por todo o país em 2011 e 2012, em convênio com a Comissão da Anistia do Ministério da Justiça; Projeto Trilhas da Anistia, com esculturas de aço instaladas em locais de grande circulação das cidades brasileiras por onde passaram as Caravanas da Anistia em 2012 e 2013, convênio com o Ministério da Justiça; Projeto Ausências composto por exposição e livro de fotografia com proposta de resgatar fotos antigas com imagens de mortos e desaparecidos durante a ditadura militar e reproduzir estas cenas enfatizando a ausência dos que tiveram suas vidas roubadas, convênio com a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República.

Linha 4 – Editora Alice , em que embora não tenha uma editora própria, a ALICE publica livros por sua conta ou em parceria com outras editoras. A proposta é documentar a produção cultural da Ong, utilizar os livros nas instituições de ensino e também angariar recursos com a venda a fim de reverter aos respectivos projetos. A seguir os livros já publicados:

  1. SOS Comunicação – Estratégias de Comunicação para o Terceiro Setor (2000)
  2. Contos sem Fadas – Retalhos de Memória (2001)
  3. Histórias de Mim – Escrituras do Povo das Ruas (2007)
  4. Mulheres Perdidas e Achadas – Histórias para Acordar (2012)
  5. Mãe Coruja(2013)

Linha 5 – Arte,  música, encontros e debates, em que os projetos desta linha visam promover encontros com a comunidade de parceiros, conselheiros, voluntários, leitores, simpatizantes, ou seja, os  Amigos da ALICE, para beber, comer, debater, e apreciar a arte promovida pela  comunidade com afinidade. Projetos desta linha: O projeto Saideira – Encontros Periódicos sobre Comunicação ocorreu de 2000 a 2007;   o Sarau Amigos da Alice inicio em 2013é um encontro híbrido que mescla música, arte, artesanato, literatura, comunicação e direitos humanos; Catálogo eletrônico com as obras de arte comercializadas no Sarau Amigos da ALICE e é chamado Bazar dos Arteiros.

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